LENTES ESCLERAIS
Lentes esclerais são lentes rígidas, de 16 mm de diâmetro, ou maiores.
Indicadas para a correção visual na miopia e hipermetropia de quaisquer graus;
É a mais indicada para os pacientes que têm deformidades e cicatrizes nas córneas. E ceratocone, e ectasia secundaria às cirurgias refrativas, e astigmatismo alto ou irregular.
Feitas de material gás permeável, têm a superfície resistente a adesão de secreções e oleosidades, porque tratadas por meio de aplicação de plasma, tornam -se impermeáveis a estas adesões.
Repousam sobre a conjuntiva e a esclera - a porção branca e menos sensível dos olhos.
Por suas formas, cobrem as córneas, sem se movimentar sobre elas. Protegem-nas com um reservatório úmido.
São perfeitas para as situações de pouca umidade ambiente, como no ar condicionado, no inverno seco e empoeirado e nos casos de pouca lágrima ou dificuldade de piscar.
São por isto, desde o primeiro momento, de surpreendente conforto.
Sugestões para o Manuseio das Lentes Esclerais:
(Leia abaixo os detalhes do procedimento)
A: Para limpeza e conservação:
Com mãos bem lavadas, esfregue os dedos com suavidade sobre as superfícies das lentes, então umedecidas com Solução Multiuso Biotrue, ou Renu. Depois enxague-as com a mesma solução. As lentes são depositadas em seu estojo já lavado e enxaguado com água potável. Aqui pingam-se dentro do estojo algumas gotas de solução de Renu ou Biotrue, e outras sobre as lentes que estarão com as partes côncavas para cima.
A ventosa também será guardada em seu estojo com um pouco da solução multiuso.
B. Colocação no olho:
Ao retirar uma lente do estojo, prenda-a por meio da ventosa. A lente deverá encaixar-se na córnea sem bolha de ar. Para isto encha-a de soluçãode cloreto de sódio 0,9%. Se possível, para maior conforto, amorne durante cinco segundos, num forno de micro-ondas, a solução que será usada para preencher a lente. Abra bem as pálpebras e incline a cabeça para ficar com a testa nivelada com a superfície abaixo. Olhando também para baixo, venha com a lente cheia de cloreto de sódio a 0,9% a aproximar-se do olho. Incline e aperte a ventosa ao tocar a lente no olho. E pronto: a lente chega imperceptível e se prende na córnea. Confira o contato correto e a inexistência de bolha de ar dentro da lente com o outro olho fechado num teste de visão.
C. Retirada da lente do olho:
Com o dedo de uma mão, abaixe a pálpebra inferior. Mantenha o bordo da pálpebra a tocar o bordo da lente, para fixá-la. Com a outra mão levante a pálpebra superior e force sua borda a entrar sob a lente.
Esta manobra descola a lente do olho. Caso necessário recomece com calma e suavidade este procedimento até a lente sair.
Esteja acima de uma superfície que ampare a lente, caso ela caia do olho neste momento, para evitar perde-la.
Observação: Se a lente é trabalhosa para sair, faça o seguinte: três minutos antes da hora de retirá-la, pingue por duas vezes umas duas gotas da solução hipertônica de cloreto de sódio, especificada abaixo. Esta solução deixa a lente bem soltinha e fácil de sair, seja com os dedos, seja com a ventosa. Após a retirada da lente,convém pingar mais umas duas gotas da solução hipertônica que arde, mas acalma e depois refresca o olho.
Nota: Neste procedimento utilizam-se os seguintes materiais e métodos:
1. Antes de cada manuseio lave com cuidado suas mãos: use água potável e xampu e ou detergente neutro; lave e enxague o estojo somente com água.
2. Lente Escleral de fabricação exata para cada um.
3. Ventosa para lente escleral e estojo da ventosa.
4. Estojo da lente.
5. Solução de cloreto de sódio 0,9% (também destinada à injeção endovenosa). De preferência em embalagens de 10 ml seladas, vendidas em farmácias e em lojas de material hospitalar.
6. Solução Multiuso Biotrue ou Renu (Baush & Lomb).
7. Solução hipertônica de cloreto de sódio (assim obtida): num frasco de 10 ml próprio para colírios, limpo e vazio, coloque o conteúdo de meio sachê de sal de cozinha – 0,5 grama de sal, complete o volume com água mineral novinha.